terça-feira, 27 de julho de 2010

Pornografia ou Arte Obscena?

 Por F. J. Hora

Literatura Obscena é o termo correto para se referir à pornografia. Pornô = obsceno, grafia = texto ou literatura.
Os textos que se dizem eróticos camuflam a descrição do ato sexual, órgãos genitais e relacionamentos íntimos. Os críticos chamam esse tipo de estilo como prostituição da arte. Na verdade, por mais que chegue a um nível que não evidencie a obscenidade, não há como evitar a excitação do leitor.
A excitação pode ser lenta e breve, chegando a um simples suspiro, como também estimular a libido (o desejo sexual). A literatura erótica, nome elitizado para liberar a pornografia na sociedade civil, é referência sobre romances que citam indiretamente termos que sugerem o estímulo sexual.
Entre os casos mais comuns existe a literatura vulgarizada pelos palavrões e as de duplo sentido. Esta última é mais aceita e popularizada entre o público, sendo que a primeira é apreciada sobre a ótica do desejo proibido.
A Síntese Literária abriga a literatura obscena como uma das mais originais formas de expressão. O segredo está no realismo e não na simples leitura exaustiva de termos e expressões obscenas. A descrição de cenas do ato sexual e a linguagem exata diferenciam o estilo. O romance segue seu percurso normal, apenas a realidade é vista em sua totalidade.
Quem esperar um texto puramente cheio de gírias, ditos chulos e cenas de ato sexual intensas irá quebrar a cara!
Ir para o site

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Obras Publicadas

Aqui vai uma série de Obras Originalistas da autoria ora de F. J. Hora, ora de Sílvio Locato:

BOA LEITURA!

sábado, 10 de outubro de 2009

Flávio Hora: A Poesia do Novo Tempo

É inegável a capacidade intelectual de F. J. Hora enquanto poeta, escritor e crítico literário. Em Japaratuba tem um artista original e é bom que todos o saibam.
Digo sem medo, até porque também sou poeta... que Flávio é dono de uma linha de pensamento que nos permite construir um universo. Ele fala das minhas obras como se ele fosse meu aluno e na realidade eu sou o fruto da Poesia do Novo Tempo: o Originalismo.
Para se ter uma idéia, ele introduziu em suas obras as várias versões de uma história. Sempre narradas em primeira pessoa, cada personagem adquire vida própria e tem autonomia para fazer parte da história e se defender, desde que haja oportunidade.
O romance Menina Mulher é a introdução de uma idéia nova, a teoria posta em prática. O que se propõe é o esclarecimento de muitas opiniões formadas a respeito de cada coisa, ser, sentimento,etc..
É importante que acompanharmos e estarmos ligados nesse sistema de reflexões de forma a, pelo menos, tirar um minuto para valorizar a leitura e o artista da terra. Um povo unido é quem faz a diferença.
Flávio está inserido em grupo de jovens onde só ele é o participante. É um estilo que causa inveja e ao mesmo tempo asco de quem lhes rodeia. Parece um absurdo... é um comportamento hereditário, pois grande parte de sua grade filosófica se baseia nos conhecimentos sobre vários temas: Deus, família e sexualidade. E sobre modelo de vida Flávio sabe de quem ouvir conselhos: de Jailson da Hora.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Amanhã - Último capítulo de MENINA MULHER

Veja o Capítulo de hoje

Capíulo 14
COTOVELO NA PIA

A experiência de ser mãe é universal. Foi tanta a transformação que eu pensava que nunca mais seria a mesma. Zé disse que eu era uma menina-mulher, jovem mãe, com sonhos e corpo de menina e responsabilidade e jeito de mulher.
Eu pararia de escrever no capítulo A Entrega, pois, já me faltava o assunto para falar. Aliás, eu narrei a minha intimidade, coisas que só uma mulher sabe eu contei. E por que agora vou parar. Pedro Cristiano era o meu novo motivo para viver.
"Que mãe dedicada. ão preocupada com a criança e ao mesmo tempo com seu próprio corpo. Relembrou os velhos tempos desfilando nua na casa".
Pois é, não teve jeito. Após o parto de Rose, mais de um mês, mais ou menos, Zé tornou a pegar Rose.
- Você continua comendo Rose - comentei apenas - vocês homens...
- Quem te disse isso - perguntou Zé.
- Um passarinho... - respondi.
- Que passarinho? - perguntou.
- Esse que está ai dentro da sua cueca - respondi pegando pela braguilha.
Zé começou a sorrir e eu não aguentei também. Sai visitar minha amiga, trocar idéias, afinal éramos duas mães agora, quase da mesma idade.
Agora tinha duas funções, era esposa e mãe. Procurava estar sempre com o meu filho e chamar a atenção de Zé para não ficar com as outras. A vida ficou muito movimentada.
Rapidinhas? Já aconteceu dele me agarrar por traz, na cozinha, eu estava lavando os pratos. Cotovelo na pia? Exato, eu me ajeitava e transávamos. Era muito frequente, mais do que á noite, porque eu tinha de cuidar do bebê.
Eu usava o quê? Um vestido, sem calcinha só ás vezes, de manhã, após o banho no rio. Então ele chegava de surpresa levantando o vestido e descendo a calcinha. Virou costume, um sexo doméstico nas horas vagas, a qualquer momento. No sofá, na cozinha e no banheiro.
Quase toda semana recebia as amigas em casa. Às escondidas Zé comia uma por uma, não acredito como eu não percebia. Elas me contavam como aconteciam com seus maridos ou namorados e na verdade era com Zé.
A essa altura estava achando Zé um pouco safado, criou uma menina que hoje é sua mulher, pega todas e é muito inteligente, educado, um príncipe encantado...
"Ah, a menina sonha muito e eu gosto de realizar cada sonho de sua vida. O meu ela já realizou, ela é minha e é a mãe do meu filho, nosso filho".
Ainda não queria ter outro filho. Quantos anos? Já tinha quase dois quando Zé me falou que tava bom de nascer outro. Respondi que quando chegasse a hora ele nascia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O POETA ORIGINALISTA

Sílvio Locato- Poeta, escritor e crítico literário, é o principal difusor do pensamento Originalista onde ORIGINALISMO= Natureza intrínseca da Arte. A idéia baseia-se no conceito universal do Amor, ou, a naturaza intrínseca de Deus.
Destaca-se como o criador do Universo Originalista. Com um perfil básico Sol em libra, Lua em Peixes, Ascendente em Escorpião nasceu em 26/09/1985 ás 08hs.
Paralelo ao Originalismo existe uma vertente que trata das reflexões filosóficas conhecida como arrumação artística do pensamento ou PENSADORISMO. Nessas obras tanto Sílvio como F. J. Hora refletem sobre o conceito de cada tema, mostrando o signicado. A exemplo: o amor. No poema o amor é definido e apresentado essencialmente, mesmo que o poeta mostre o que pensam que é o amor ou os vários sentidos em que a palavra é usada.
São atribuidas a Sílvio Locato as Cartas ás suas musas e a narração de romances sobre a vida de cada uma.

CARTA I
Primeira Carta à musa Isabel

Esta noite eu sonhei
E não pude acordar alegre
Não por ter sonhado
Mas porque não te encontrei
Linda, sorrindo ao meu lado.
Não nego o quanto queria
Tê-la em meus braços
Ou nunca ter me acordado
Pois sozinho eu te perdia.

Não quero chorar mais
Mas, não tenho coragem de sorrir
Tendo perdido a paz
Não só por vê-la partir
Mas, a vida em seu descontrole
Que foi a tudo destruir.

Isabel, eu perdi o rumo
Eu disfarço, eu me escondo
É como se eu perdesse o prumo,
Se na vida me restasse nada,
Vivo uma vida arrombada
Sem sonho, sozinho na parada.

Se te escrevo triste
É porque para mim não existe
Mais com quem sonhar
E tampouco posso amar,
A tristeza em mim insiste
E procuro não pensar
Em meu estado para não sofrer
Com esses anos perdidos
Que perdi de viver
Com prazer dos sentidos
E tudo o que pudesse fazer.

Mas, a timidez e a falta de amor,
Os olhares dispensando
Os atos decepcionando
E tudo em solidão
Se Transformou.

CARTA II
Segunda carta à musa Isabel


Isabel, veja agora o que sou
Você sabe que não estou
Tão ruim, pois a vida é bela!
Mas, no entanto, não vejo nela
Tamanha graça como outros
Que caem aos encantos dela.

Ela me oferece a natureza
E eu contemplo a beleza
Que dela posso desfrutar
E você é uma maravilha,
Flor Silvestre a liberar
Um perfume suave e gentil.

Mas, Isabel, se não fosse isso
Sei que eu seria nada.
Não sonharia, não sorriria
Nem teria paz e busco
Sempre um pouco de alegria,
Procuro fantasia na prosa
Encontro rimas na poesia.

Mas, veja que eu sou tímido
E você também na sua lucidez
É acanhada, é donzela,
Uma virgem em plena placidez
De uma tarde bela
Linda, em completa nudez.

E ao ler esta carta
Lembre-se o quanto te quero,
Não que no peito meu
Bate um coração sisudo,
Se você me descobrir
Eu perco as palavras,
Já não falo, fico mudo

Até a arte será reticente,
Deixando você a imaginar
No calor do desejo ardente
Pensando no futuro e no presente
Esperando a gente se encontrar.
CARTA III
Terceira de Sílvio a Isabel

Olha querida, a luz do dia
Nesta manhã quero contemplar
Não só o brilho do sol
Mas, a sua pureza a desejar
Palpitando ainda com receio.
Você não pede, você manda
Não tema o amor alheio,
Pois, você tem o meu
Descoberto em longo passeio
Onde inocente fostes cantar
O teu rosto lindo, a boca, o seio.

Não fique constrangida,
Leia com ardor esta linha,
Sei que você pensa em mim
Não quer viver sozinha.
Mas, como é sensível demais
Apenas, trato como rainha
Não faço nada se quiseres
E faço tudo para sua paz.

Quero finalizar esta carta
Dizendo que quero ver
Um dia todo seu encanto
Em meus braços merecer
O maior prazer do mundo
Num encontro longo
Intenso e profundo!

Deixe eu desabafar
Essa agonia em que vivo,
Deixe eu chorar
Deixe eu descansar
Não pense que sou fraco
Do pensamento humano
Mas, saiba que assim estou
Por causa do desengano.
CARTA IV
Primeira carta de Sílvio à musa Carla de Andrade Rivera

Sei que não és minha
Mas, no meu coração estás
Desde os tempos antigos
Onde eras o meu sonho,
Nunca a deixarei sozinha.

Carla, primeiro o teu ser
É único, nem sei como falar
O calor humano é solidário
Você tem muito a ganhar.
Sou as palavras do seu diário,
Sou a roupa que você veste,
Sou a água que te banha,
Você é tímida como eu,
Mas, no mundo não se acanha.

Carla, segundo, o seu corpo,
É imenso, é um segredo,
Passaria a vida inteira
Para conhecer essa escultura.
Se entro em seus mistérios
Entro com tudo sem pensar
E não os descubro
É difícil desvendar.

Você é amiga, você é irmã
No seu íntimo posso ir
Que você não tem receio,
Você só mostra o reflexo
Do teu ser no teu seio
Do desejo no teu sexo
Revelado pela emoção
Pela natureza aconchegante
No momento de integração.

Carla, deixa eu sem Amor
Encontrar a Paixão e o Prazer,
Pois, estarei com ardor
Do Desejo a satisfazer
Somente o corpo,
Assim é que vou conceber
Tão diversa cópula carnal
Sem dar-lhe a desilusão,
Sem ter a condição banal.

Eu sei, você prefere o romance,
O Amor, fraterno e livre,
Você quer também parceria,
Mas, em sua melhor nuance
Com equilíbrio e harmonia.

Carla veja até onde vai o desejo
Você nunca me pediu
Tamanha baixeza, de sua parte,
Mas, que tal, esqueçamos,
Vamos fazê-lo através da arte?
Sim, artisticamente
Na arte tudo pode
Mesmo sendo literatura obscena,
Mesmo que não façamos ode,
Deixo-te um madrigal
Que diz: fode! Fode!

CARTA V
Segunda Carta de Sílvio a Carla de Andrade Rivera

Carla, não é agora
Que desiludido vou esquecer
Das nossas andanças,
Dos anos de prazer
Onde fomos e somos
Tão grandes saltimbancos
Que tem muito a fazer.

Carla, Carla, Carlinha
Mulher, irmã, amada minha
Se não tens marido
É porque quer viver sozinha,
Mas, não vive sem ninguém.
O teu coração pede
E eu quero também.

Carla Rivera
Quem é você,
Quem você era?

Não me julgue, você não faz
Esse papel, você é limpa
Você é de paz,
Sua aura reflete a placidez
De quem não quer padrão
Quer amor, sexo e nudez

Amor, único, sente por todos.
O sexo é fruto do desejo
Que pede a nudez e só assim
Vejo a fornicação e o beijo.
Senti o cheiro do seu prazer
Que palpita como o cortejo
Da brisa pelas flores,
Assim é bom viver.

Carla, digo ainda mais
Que no teu corpo hei de morrer
Amando não, mas, copulando,
Que amor é puro, etéreo
E sexo é terreno, material
Por isso ando meio aéreo
Buscando a cópula carnal.

E só em pensar não quero
Ficar em cima, logo afoito
Para beijar teus seios
E realizar grande coito
E escutá-la gemer
Não de dor, mas, de prazer
E sentir que não é feio,
Não é imoral o teu sexo,
Não é nojento o teu seio.

Para que existir
Se não posso entrar
Em você e poder sentir
Tão imensa escala de prazer
E lhe digo, Carla querida,
Admiro a sua alma linda
Mas, desejo o seu prazer.
CARTA VI
Primeira Carta de Sílvio a Cristina Campos Furtado

Epístola para Cristina
Comparada à menina mulher
Menina fogosa, linda de fé
Não me esqueço de sua figura
Subindo a serra,
Saindo das águas.
É o amor que se encerra
Neste peito de amargura.

Olha Cristina, este teu seio,
Podia ser o mundo
Se não fosse esse teu receio
De olhar para o futuro
E no público se realizar.

Mas, tá bom...
Para que essa nudez ostentar?
És linda, vejo o volume
De suas partes, seus traços
Suas nádegas seguem a harmonia
Tão linda dos seus passos!
Quem a ver assim não resiste,
O meu corpo só insiste
Para tudo isso eu acariciar
E não é só desejo,
Vem de dentro o ideal
Da sexualidade a rolar
Pois, Amor não nasce no beijo!

Cristina saiba que a vejo
Como se ver uma fruta,
Madura sem ligar para o pé
Mas, eu sei que isso é desejo
Não é amor, nem a puta
Que só engana e no ensejo
Enche-nos de calor
E mata-nos com um beijo.
CARTA VII
Segunda Carta de Sílvio a Cristina Campos Furtado

Venha Cristina nesse sonho,
Imenso sonho libidinoso,
Você é minha esposa
E eu o seu esposo.
Você vem quente pedindo
Para meu corpo ao seu
Ardentemente se juntar
E entre uma carícia e outra
Você a mim se entregar.

Primeiro começo pela boca
Desço o ventre a buscar
Tão peluda fonte de prazer
Onde eu possa descansar
Num vai e vem entonado
Vendo a testa logo suar
E irromper no calor do ato
Tão grande explosão
Em que toda a minha emoção
Não sai em lágrima, sai em jato.

E enquanto, um em cima
Do outro, logo alisa
Vem Cristina que logo rima:
Faça na vida o que pode,
O seio endurece, o sexo vibra
Dizendo: fode!Fode!

E sem esquecer que queres
Para sempre viver
Comigo dentro do peito
E mais onde caber,
Viverás a sorrir e a gemer
Nunca mais poderá perder
Tão longa noite de respeito
Num sexo ardente e voraz
Em nudez, aberta, no leito!
CARTA VIII
Primeira Carta de Sílvio a Júlia Roberta Campos

Uma linda mulher,
Uma linda amiga,
Uma linda irmã,
Você é tudo que quiser
E é uma frase certa
“Mulher, amiga e irmã
É a jovem Júlia Roberta”.

Quero contemplar essa amizade
De dez anos em longa data
Com estima e sinceridade,
Você é ouro e prata,
Digo, és tremenda gata
E cheia de vida e liberdade.

Traga o seu humanismo,
Traga a sua libido,
Traga o seu radicalismo
E a mim que sou inibido
Mostre-me com seu liberalismo
O que é ser feliz
E o que você tem para dar.

Você não entrega o ouro,
Você não quer logo de cara,
e eu que também exploro
Numa pesquisa rara,
Vou de encontro ao seu ego
E você, experiente, declara
O seu amor que não é cego.

Vou ser mais ousado,
Gosto dessa conversa
Sem preconceitos e franca,
Você não é de briga
Traz no peito a bandeira branca!
CARTA IX
Segunda Carta de Sílvio a Júlia Roberta Campos


Quero perto de mim
Essa intensa paixão liberal
E assim como a Carla
Seja mais humana e não radical.

Se fizer crescer essa ilusão,
Venha devagar no momento,
Pois, o sangue esquenta
E vem cheio de sentimento
E quando a corda arrebenta
Sai com tudo a paixão de dentro.

Mas, Júlia não perca
Não faça como eu fiz.
Mas, foi ao calor dos quinze anos...
Eu era uma criança
E não percebia o amor
Eu só tinha esperança
E eu não confiava no valor
Que a mim importavam
E me veio a solidão como vingança.

Mas, estou disposto a retomar
Toda aquela emoção
Num calor vibrante
Sem a timidez alarmante
Que me aperta o coração.

Vem Júlia, mas, não é você
Você é da paixão
Mas, não busco ser
Só seu, vivo a ocasião.
Meus pensamentos voam
Buscam outras emoções
E eu não tiro da cabeça
Um amor e suas ações.

Então Júlia, vem me aquecer,
Vem me dar o que procuro
Tens mas, não é tudo
Este outro alguém você sabe;
Queira-me, antes que eu me acabe.

CARTA X
Terceira Carta de Sílvio a Júlia Roberta Campos

Antes que o mundo desabe
Encontre-me, descubra-me
E não me deixe pensar demais
Antes que seja tarde!
Quero ficar em paz.

Não deixe que eu me decepcione,
Divida comigo suas idéias
E ouça os meus ideais,
Vamos seguir juntos
Não é todo dia
Mas, quando você quiser,
Não se preocupe
Não serás “minha mulher”!

Júlia, o mar avança,
Ele vai e volta para nós
E as águas só correm para lá.
O que isso lhe diz?
Eu vivo esse caso,
Estou tão seguro disso
Que não quero te perder.
Permaneça assim
Ao longo do seu viver,
Na nudez, em todas as manhãs
Mulher, amiga e irmã.

E agora que sabes
Não largue o poeta
Mas, abrace a mim também
Coloque-me em suas metas,
Trace esse caminho
Enquanto eu sonho
Não me deixe sozinho.

CARTA XI
Primeira Carta de Sílvio a Lisandra Barbosa

Em se tratando de sua pessoa
Lisa, grande e ardente mulher
Pacifista, apaixonada e versátil
É tudo que um homem quer.

Desculpe essa minha expressão,
É que eu sou mesmo doido,
Nossas musas são pura emoção
E você é a mais pura,
Intocável, sem muita razão.
São anos de ternura,
É uma vida de sedução.

Tens o sexo em valorização
Em sua languidez e abnegação.
O magnetismo raro,
A nudez que causa admiração,
A natureza simples, a humildade,
A inquietude, a superficialidade!

Lisa exibes um fascínio
E eu não nego, admiro.
Você não tem essa malícia
Mas, é tida à carícia
E um longo e puro suspiro.

Vives a suspirar, eu sei!
Porque teu corpo é lindo
E temes o amor grotesco
Que não passa do sexo,
Pois, não é amor, mas, fresco,
Com instinto animal
Sem o ar puro e romanesco.

Sendo assim não perca
a sua juventude
Mas, não se iluda
Porque o amor engrandece
E a nossa vida muda!

CARTA XII
Segunda Carta de Sílvio a Lisandra Barbosa

Para que não aflija sua virgindade,
Vou lhe falar superficial
Mas, sei que já sabes
Pelo menos o que é cópula carnal.

Em certo momento que a vejo
É um pulsar forte de Faway.
Depois que o poeta também olha,
Mas, você procura a aventura
E o poeta é tanta coisa
Que exibe oitocentas figuras.

Mas, esse desejo
Que poderá se tornar amor,
É um sentimento efêmero.
Pode ser que o teu valor
Seja motivo de esmero
Com que a tratam para ter
O sabor que também quero.

Não se assuste ao ler isso,
É a verdade, você conhece
Quando alguém está te querendo
E vai analisar se ele merece
E assim vai me esquecendo.

Não tenho experiência contigo,
Passo de longe sem medo
Mas, penso, sou só amigo
E assim vou ficando por ai
Como um típico amor antigo!

Só tenho a imaginar
Você não é Carla, nem Júlia
Por isso não vou abusar,
Não que eu as abuse
Mas, é a maneira de falar;
Lisa, você é linda, posso dizer!
Mas, saiba que depois de tudo
O poeta, Júlia, ou quem seja:
Este homem também lhe deseja.
CARTA XIII
Primeira Carta de Sílvio a Gisele Caroline Sampaio


Gisele, célebre pensadora,
Gostaria de dedicar esta carta
À sua pessoa construtora
Que gosta de mesa farta.

Não quero que se sinta acanhada,
Para mim não há nada melhor
Do que ver pessoa tão interessada
No conhecimento filosófico,
Quero desejar êxito nessa caminhada!

De outros fatos, a nossa relação
De amizade em momentos
Pois, o nosso convívio é pouco
E espero que seus argumentos
Sejam analisados e vistos
Em todos os seus seguimentos.

Gisele, a sua vida íntima,
Intimamente ligada à vida do poeta
Tem sido fator de realização.
Eu me sinto no dever de agradecer
Pela sua linda expressão
Deixada em mim pelo prazer.

Até em horas de tristeza,
Carência e vulnerabilidade,
Eu fui a sua certeza
E você é mulher de um homem só,
Declaro isso com firmeza.

No teu corpo que é quente
E teu ser arisco e sensual,
Eu quero propor o amor ardente
E não a cópula carnal.
Eu não quero ser diferente
Só para te enganar, ser desleal.
E para mim ultimamente
Você é mais que desejo racional,
É uma paixão inconsequente
Em quem busco a relação sexual.
CARTA XIV
Segunda Carta de Sílvio a Gisele Caroline Sampaio

É, relembrando o passado
Filosófico e humano,
Não me esqueço que ao seu lado
Tenho traçado planos
E com outras estou realizado.

Gisele, nosso último encontro
Ficou um pouco disperso
Na discussão em vários pontos
Do nosso cotidiano diverso.
E eu quero que você entenda
Que nosso caso não é passado
E todo esse imenso universo
Você já conhece e sabe de mim,
Quero o seu amor até o fim!

Você procura intensidade,
Eu sei porque também procuro
E eu fico pensando em você
E como será o meu futuro
Sem termos aquelas noites
Nem que seja uma vez por ano
Mas, eu preciso rever
E sentir esse calor humano.

Para você controlar seu ciúme,
Veja na minha casa seu retrato
E na penteadeira o perfume
Que você usou no meu quarto.

Aquela noite, você só minha,
Você dizia: te quero,
Não me deixe sozinha.
Mas, o meu coração não agüenta
Uma relação que o casamento
Logo curte e arrebenta.
Preferi tê-la assim;
Inteligente e pronta para mim!

CARTA XV
Primeira Carta de Sílvio a Brunna Fonseca


Você não é mística
Como uma Brunna que conheço.
Você é mais animal
E esse amor eu não mereço.

Você chora em meus braços
Arrependida, quer voltar
Mas, eu não sei dos seus passos
Você parece não amar
Mas, nunca deixe de ter esperança,
Você merece realizar
Todos os teus sonhos de criança.

Vem cá, minha menina!
Senta no colo e abraça-me,
Você não se sente bem
Assim, sozinha, mas fascina.
Corre em meus braços,
Deixa eu beijar essa boca pequenina.

Revele-se abertamente,
Não se esconda num surto
A descobri seu lado violento
Nascido do seu ser exigente
E do seu olhar atento,
Rápido em achar deprimente
A espera e longo momento.

Brunna, hoje eu sei
Que até a outra não é assim,
Vocês são diferentes,
Uma gosta mais de mim.
E essa garota “virgem”
Tem um bom humor, sem fim.
Mas, é lânguida, é impressionada,
É menina, é namorada.
Quero que você venha,
Mas, venha sem receio,
Esqueça a minha timidez,
Faça-se minha em sua nudez
Com um beijo molhado em teu seio.

CARTA XVI
Segunda Carta de Sílvio a Brunna Fonseca

Do teu ser desinteressado,
Percebo essa fragilidade
No seu aspecto descomplicado.
Admiro essa cordialidade
E esse espírito arrojado.

Lembre-se daquele passeio
Abraçados pelo jardim,
Eu acariciava teu seio
E você fazia cafuné em mim
E seguiamos numa excitação, em fim,
De sonhar não tínhamos receio.

Se teu short curto
Era minha perdição
Hoje, teu corpo é muito mais.
Se deixas no ar essa paixão
Eu perco a minha paz.

Mas, se numa intensa emoção
Eu sentir que estou querendo
Do sexo, a explícita relação.
Chego ao êxtase só te vendo
Sem precisar essa vibração
Do teu pêlo roçar em mim
Mas, te peço de coração:
Continue linda assim!

Não tire de mim essa impressão,
Não deixe essa paixão findar,
Esteja sempre pronta
Que eu viu sempre estar,
Saiba ser mais você,
Enquanto eu sou mais eu
E não ligue a minha timidez
Só repare nesse meu reflexo
Do que eu seria sem sexo
Mas, o faço vendo a sua nudez!

CARTA XVII
Primeira Carta de Sílvio a Verônica Martins

Maria Luísa, naturalmente
És especial, mãe e técnica.
Sabes como gosto de cuidar
Em sua impaciência é magnética
E sabe como lidar
Com essa minha timidez
Pois, eu preciso lhe aceitar.
O nosso prazer no jardim
Não foi por acaso
Todo aquele afeto veio de mim
E você buscou sensibilidade
Na qual mergulhei e em fim
Dei-lhe mais que liberdade.

Gostei do seu primeiro romance
Mesmo pequeno e realista
Você falou de tudo
Deixou-me alegre, mudo.
Você não perdeu o prumo
Mas, seguiu seu rumo
Trabalhando com utilidade
E agora, recompensado
Toda a sua afabilidade
Quero lhe desejar
Tão grande credibilidade.

Aqui quero deixar de lado
A timidez que lhe envolve
E quero falar como namorado
E mais o poeta erótico
Que escreve e vive calado
Deixo aqui para início de conversa
A gratidão pelo gesto sensual
Que com sua graça especial
Deixou-me com emoção
Cheio de sedução
E muito prazer sexual.
(...)